sábado, 23 de julho de 2011

OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVARAM A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO.


OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVARAM A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO.
Marcos Emílio Ekman Faber.
Norberto Luiz Guarinello.

             Para a compreensão sobre os principais motivos que levaram a queda do Império Romano e a transição do feudalismo, é importante fazer uma leitura com os autores que em momentos diferentes viveram essa passagem. Por outro lado, faz-se necessário relatar o tema em questão, com as afirmações dos autores, que ora concordam, ora discordam em alguns aspectos da história do Império Romano e a transição do feudalismo.
             A perspectiva do texto, no que diz respeito á queda do Império Romano, mostra os motivos pelo qual Roma entra em declínio. A questão econômica é o foco principal, que segundo Perry Anderson, ao contrário de Gibbon, “à crise econômica foi decisiva na queda do Império Romano, e o esgotamento do trabalho escravo foi o principal motivo do colapso romano. O autor Edward Gibbon, atribui ao declínio de Roma outro motivo; a expansão territorial, o mesmo afirma dizendo que tornou-se difícil para o Império administrar e proteger as fronteiras. Por esses motivos os gastos aumentaram, e  conseqüentemente foi um peso que desabou a estrutura do Estado Romano.
            Ao se tratar da economia de Roma, são várias concepções que indica as conseqüências que inviabilizou a instabilidade de todo sistema romano. Entre os quais estão: os autos gastos estatais na modernização do Império, construção de estradas, diques, aquedutos, etc.. A suspensão de guerras de conquistas acabou inviabilizando um sistema que também era baseado na mão-de-obra escrava “o poder militar”. Para Anderson, a inexistência de um mecanismo interno do modelo escravista romano, impossibilitou sua renovação de escravos, acarretando uma grave crise no sistema estrutural econômico de Roma. A saída encontrada para a crise da mão-de-obra foi criar o “sistema de colonatos”.
            A transferência de cidades para o campo e a ruralização da sociedade romana inviabilizaram a manutenção do exército; nesse sentido, Roma perde força e não consegue defender as fronteiras facilitando então a entrada dos povos bárbaros. Segundo Gibbon, os bárbaros representavam um retrocesso, um atraso a civilização. Para ele as hordas invasoras eram hostis aos ideais de liberdade, de igualdade e de propriedade, importantes itens do ideário iluminista. Perry Anderson segue outra linha de pensamento, numa visão marxista analisou as invasões bárbaras do ponto de vista socioeconômico. Para ele, a proteção militar as fronteiras gerava elevados gastos ao império, sendo muito difícil a manutenção e a sua preservação.
            O feudalismo ocorreu entre o século V e XV, após a queda do Império Romano e que se divide em pequenos reinos, porém esses reinos não foram capazes de solucionar os problemas de segurança das pessoas, e no século V a população começa a fazer um êxodo urbano, pois a população estava indefesa contra os ataques dos Germanos procurando assim se esconder dos ‘‘bárbaros’’. Ainda que de forma lenta e pouco perceptível, começa uma transição de um regime imperial para um período feudal; que segundo Guarinello, em suas colocações sobre o tema “Escravos sem Senhores: escravidão, trabalho e poder no Mundo Romano” a libertação, alforria ou permissão para torná-los os escravos um pouco independente deu espaço a um mundo econômico fragmentado.
    

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